
Menstruar é mais do que um processo biológico.
É mais do que um ciclo. É mais do que algo a ser ignorado, silenciado ou escondido.
Menstruar é uma cerimônia mensal.
Um reencontro com o tempo da Terra.
Um convite da Mãe para voltarmos ao reino invisível, onde habita o mistério, a sabedoria e o poder que sempre foi nosso.
Enquanto o mundo segue sua corrida linear, o corpo feminino segue girando em espirais. E dentro de nós, pulsa a lembrança de que somos cíclicas, lunares, selvagens e divinas.
A menstruação é a fase anciã do nosso ciclo.
É quando a mulher desce para as profundezas da própria alma.
Na Roda da Lua, ela representa a fase da Feiticeira, da Sacerdotisa do Ventre Escuro.
É o momento de retorno ao útero primordial, onde silêncios falam mais alto que palavras e onde os véus entre os mundos se tornam finos.
É tempo de recolhimento.
Tempo de ouvir.
Tempo de morrer um pouco, para renascer inteira.
O que o Sangue nos Ensina?
Nos ensina a soltar.
Nos lembra que há beleza em morrer, que o fim é também princípio.
Todo mês, nosso corpo nos oferece a chance de deixar ir o que não floresceu, o que já não serve, o que nos adoece.
Nos ensina a sentir.
Porque nesse momento, a sensibilidade se expande. A intuição se aguça. O corpo grita suas verdades com mais força. O coração sussurra as mudanças que pedem passagem.
Nos ensina a curar.
É neste momento que as emoções mal digeridas emergem, que dores antigas voltam, que padrões se revelam.
E tudo isso é sagrado. Porque só podemos transformar o que temos coragem de olhar.
Nos ensina a lembrar.
Lembrar que antes de tudo, somos filhas da Terra.
Que o sangue que escorre entre nossas pernas é o mesmo que alimenta a vida — e que quando devolvido à Terra, se transforma em rezo, em oferenda, em conexão.
Como Criar um Espaço de Honra ao Seu Sangue
Ao sentir a aproximação da sua menstruação, prepare-se como quem se prepara para um retiro espiritual interno.
Crie um pequeno altar. Acenda uma vela. Vista algo confortável e escuro. Coloque uma música suave.
Este é o seu tempo de recolhimento.
Desmarque o que puder. Diminua o ritmo. Dê permissão para não fazer.
Você está descendo ao templo do seu próprio ventre.
Algumas práticas sagradas para este momento:
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Diário do Sangue: escreva o que sente, o que está liberando, o que o corpo quer te dizer.
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Oferecimento do Sangue à Terra: se você usa coletor ou absorventes de pano, pode diluir o sangue em água e devolvê-lo à natureza como um rezo.
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Ritual com ervas: prepare banhos ou vapores com ervas como camomila, alecrim, lavanda ou manjericão, para relaxar o corpo e harmonizar o campo.
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Meditação uterina: leve sua consciência ao útero. Respire nele. Pergunte o que ele quer te mostrar neste ciclo.
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Silêncio e descanso profundo: permita-se dormir mais, ficar em silêncio, não responder mensagens. Isso é autocuidado sagrado.
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Desenhos intuitivos ou mandalas de sangue: muitas mulheres expressam suas emoções e visões do ciclo por meio da arte – e isso também é cura.
A Mulher que Menstrua com Consciência é um Portal
Quando uma mulher honra seu sangue, ela se reconecta com o feminino ancestral.
Ela sai do automático.
Ela deixa de ver sua menstruação como fardo, e passa a reconhecer o oráculo vivo que pulsa dentro dela.
Ela se torna uma mulher medicina — mesmo que em silêncio.
Porque seu corpo, alinhado à Terra, passa a emanar sabedoria.
E onde uma mulher se reconecta, todas as mulheres sentem o chamado.
Um Convite da Sacerdotisa que Habita em Ti
Se essa mensagem tocou algo dentro de ti, se teu ventre pulsou, se teus olhos marejaram...
É porque tua alma lembra.
Lembra do tempo em que sangrar era sagrado.
E talvez esteja na hora de lembrar de verdade.
Por isso, quero te convidar a viver essa reconexão ao vivo, em corpo e alma, no evento:
Sacerdotisas dos Códigos do Prazer Ancestral
📅 Dia 19/05 no Espaço Amaresh em São Paulo
Um encontro para mulheres que desejam renascer na própria pele, transmutar suas dores e ativar o prazer como caminho de cura e espiritualidade.
🌀 Inscrições abertas pelo link de WhatsApp aqui no site.
As vagas são limitadas. Sinta, e se teu útero disser sim... Só vem.
Com amor,
Dona Yoni