O Corpo Semi Nu Como Portal de Cura

Quero compartilhar com você algo que pulsa no meu coração com muita força — algo que me atravessa como mulher, terapeuta e amante da liberdade.


Eu amo levar as dinâmicas de nudez para os grupos terapêuticos femininos.


E antes que você pense que estou falando sobre sensualidade ou exposição, quero te convidar a entrar comigo num outro campo, mais profundo, mais sagrado, mais verdadeiro.

Nessa proposta, a nudez não tem nada a ver com sedução.


A nudez aqui é a vulnerabilidade e a verdade. É presença. É libertação.
É você diante de si mesma, diante das outras, sem defesas, sem personagens, sem esconderijos.

Quando o corpo está nu, a alma aparece

Algo mágico e transformador acontece quando mulheres se despem, em um ambiente seguro, com meia luz, em silêncio ou com música suave.


É como se, ao tirar a roupa, elas tirassem também os pesos, as pressões, os medos e as críticas que carregaram por anos.


É como se finalmente pudessem respirar no próprio corpo.

Quando estamos nuas entre outras mulheres, não há mais competição.
Não há comparação.
Só há presença, humanidade e beleza real.

Cada marca, cada dobra, cada linha, cada cicatriz... começa a ser vista com novos olhos.
Como se estivéssemos lendo o mapa vivo da nossa história gravado na pele.
Como se cada parte dissesse:
"Ei, eu fui contigo. Eu suportei. Eu amei. Eu vivi. Me honra?"

Aceitação na prática: o corpo como templo, não como vitrine

Nos ensinaram a odiar nosso corpo.
A querer sempre menos ou mais.
A buscar um “ideal” que nem sabemos de onde veio — mas que ficou impregnado na nossa autoestima.

A nudez, nesse contexto terapêutico, vem não para exibir, mas para acolher.
Vem para que possamos, finalmente, nos ver com os próprios olhos, e não mais com os olhos da crítica, da comparação ou do olhar masculino moldado pela indústria.

A nudez cura, porque revela.
E quando algo é revelado com amor, ele pode ser integrado, aceito, amado.

Aos poucos, as mulheres começam a tocar o próprio corpo com mais gentileza.
Começam a perceber que aquelas “imperfeições” são só histórias — que não precisam mais ser julgadas.
Começam a cuidar mais, olhar mais, sentir mais.
E isso muda tudo.

Sobre as fotos de nudes: não é pornografia, é poesia

Sim, eu também trago a nudes para as vivências.
Com amor, com intenção, com sensibilidade.
E eu sei que isso pode incomodar.
Algumas pessoas ainda olham para um corpo nu e imediatamente o sexualizam — porque fomos condicionados a fazer isso.

Mas eu tenho outra visão.
Minha proposta é que possamos reeducar o olhar.
Que o corpo nu volte a ser o que sempre foi:
Um templo vivo da alma.

Quero que, ao olhar uma imagem de uma mulher nua, a gente veja a coragem, o brilho no olhar, a força de quem se mostra inteira, sem filtros, sem retoques.
Quero que possamos olhar e dizer:
“Que lindo esse corpo real.
Que sagrada essa pele que sente, essa carne que pulsa, esse ventre que cria.”

Quando nos vemos nuas — com amor — a cura acontece

Nos círculos terapêuticos, quando essas dinâmicas acontecem, vejo algo que me emociona:
Mulheres que nunca haviam olhado seus corpos com carinho, se olhando no espelho com lágrimas nos olhos.
Mulheres que tinham vergonha de se despir, se permitindo sentir o vento na pele, a respiração no peito.
Mulheres que se abraçam, nuas, e descobrem que não precisam mais se esconder. Que podem ser quem são, de verdade.

E sabe o que acontece depois dessas experiências?

— Mais autoestima.
— Mais conexão.
— Mais cuidado.
— Menos julgamentos.
— E uma vontade imensa de se amar como nunca antes.

Um convite íntimo

Se você nunca viveu essa experiência, talvez ache estranho no começo.
Talvez sinta um frio na barriga, ou pense:
"Será que eu conseguiria ficar nua diante de outras mulheres?"

E eu te digo: Sim, você conseguiria. E você sairia outra.

A nudez não é sobre o que falta no seu corpo.
É sobre tudo o que há.
Sobre a alma que você carrega.
Sobre a história que você sobreviveu.
Sobre a beleza que floresce quando a máscara cai e a pele respira.

Essa prática não é para todas.
Mas ela é para quem quer se libertar.
Para quem está pronta para amar o próprio templo, ao invés de criticar.
Para quem quer olhar o próprio corpo e dizer:
“Eu te vejo. Eu te amo. Obrigada por me carregar até aqui.”

E se essa mensagem tocou algo em você...
Talvez seu corpo esteja pedindo para ser visto, honrado, amado.
Talvez seja hora de se despir — não de roupas, mas de culpas, medos e julgamentos.

Estou aqui, com outras mulheres, de mãos dadas.
Aguardando você nesse espaço onde o corpo é poesia, o olhar é cura, e o amor-próprio dança nu na penumbra da alma.

Se quiser saber das minhas próximas vivências com essa proposta, me escreva. 

Com reverência e verdade,
Dona Yoni 

Comentários (0)
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
Nenhum comentário. Seja o(a) primeiro(a) a comentar!