
Há um silêncio que grita dentro de muitas mulheres fortes.
Um eco interno que não vem da fraqueza, da dúvida ou da falta de potência — mas de uma sensação escondida, quase imperceptível, que sussurra: "será que eu mereço tudo isso?"
Vivemos em uma era onde a mulher tem aprendido a ser tudo.
Forte, independente, resiliente, multitarefa, invencível.
Aprendeu a sustentar lares, negócios, filhos, emoções — e ainda sorrir.
Mas, em meio a tantos papéis e conquistas, algo foi se perdendo: a permissão para simplesmente receber.
É curioso perceber que quanto mais forte uma mulher se torna, mais distante ela pode se sentir da ideia de merecimento.
É como se a força tivesse sido construída em cima de uma urgência de provar algo ao mundo — e não de um amor profundo por si mesma.
Mulheres que fazem tudo por todos, mas não sabem descansar.
Mulheres que acolhem o mundo inteiro, mas têm dificuldade de receber colo.
Mulheres que dizem “tá tudo bem” quando o corpo está implorando por prazer, nutrição e toque.
Mulheres que aprenderam a sobreviver… mas esqueceram como florescer.
Essa desconexão com o merecimento não é casual — é ancestral.
Por séculos, fomos ensinadas que o feminino era pecado, que prazer era luxúria, que abundância era vaidade, que emoção era fraqueza. Herdamos culpas, silenciamentos e contratos invisíveis que nos afastaram da essência receptiva do feminino: a arte de se abrir, confiar, receber e gozar a vida em sua plenitude.
Merecer é um código esquecido do feminino sagrado.
É um portal. Uma chave. Um retorno.
É quando a mulher não precisa mais conquistar tudo com luta. É quando ela percebe que sua existência é, por si só, digna de abundância, prazer, amor, honra e contemplação. É quando ela aprende que não é preciso sangrar para ser vista, e sim se nutrir para se tornar ainda mais radiante.
Merecer é quando ela reconhece seu corpo como templo, sua palavra como magia, seu prazer como oração.
E aqui está a grande alquimia: uma mulher que se sente merecedora atrai um universo que corresponde à sua frequência.
Ela não precisa implorar por atenção. Sua presença é magnética.
Ela não precisa competir. Ela sabe que há espaço para todas.
Ela não precisa se defender o tempo todo. Seu campo é soberano.
Essa mulher começa a se mover de um lugar de autocuidado sagrado.
Ela organiza suas emoções como quem organiza um altar.
Ela faz pausas, se escuta, se toca, se regenera. Ela sabe que dar conta de tudo é uma ilusão… e escolhe dar conta de si mesma primeiro.
Ela começa a permitir que o prazer seja seu guia e não mais seu prêmio.
Ela se banha com ervas porque se honra.
Ela recebe um olhar com abertura, sem medo de parecer vulnerável.
Ela aprende a dizer “sim” com tesão e “não” com firmeza. Ela dança porque o corpo dela pede. Ela ora com os quadris, com os seios, com os olhos que finalmente não se desviam mais de si.
Ela se dá permissão. E nesse gesto, ela reescreve a história do feminino em si mesma.
Porque o merecimento não é sobre ganhar algo externo.
É sobre reconhecer a abundância que já pulsa dentro do ventre.
É sobre tocar o próprio corpo com reverência, como quem descobre um mapa sagrado de prazer e criação. É sobre se lembrar, todos os dias, que você não precisa mais mendigar migalhas quando nasceu para se banquetear com o néctar da vida.
E nesse lugar, mulher, você se torna novamente oráculo.
Não mais a que apenas serve — mas a que inspira.
Não mais a que se sacrifica — mas a que transborda.
Não mais a que apenas luta — mas a que pulsa.
Você é merecedora da abundância que sustenta o universo.
Você é filha da Terra e do Céu. Você carrega em seu sangue a sabedoria das que vieram antes — e em seu corpo, o templo das que virão depois.
Você não precisa provar seu valor. Você só precisa lembrar dele.
E se você sente que algo ainda te impede de atravessar esse portal do merecimento — se há uma voz interna que ainda sussurra que prazer é demais, que descanso é perda de tempo, que você tem que continuar sendo forte o tempo todo — talvez seja hora de parar.
Respirar.
E se abrir.
Você luta. Dá conta de tudo. Mas sente que falta algo?
Talvez o que esteja faltando seja apenas a permissão para receber.
Vem Pulsar com a gente.
Permita-se ser nutrida. Acolhida. Reverenciada.
Acesse o link de inscrição e garanta a sua vaga.
Te esperamos!