
Existe algo ancestral no corpo de uma mulher que precisa dançar.
Não por técnica, não por estética, não para o outro.
Mas para si. Para libertar o que grita dentro. Para dissolver o que pesa. Para lembrar que o corpo é ritmo, é tambor, é tempestade e é calmaria.
Dançar é devolver movimento às emoções estagnadas.
É permitir que o prazer percorra a espinha como eletricidade.
É dizer ao mundo, mesmo em silêncio:
“Eu estou aqui. Eu sinto. Eu vivo. Eu me pertenço.”
Quando uma mulher dança, ela se cura.
Quando muitas mulheres dançam, elas curam umas às outras.
A Rebelião do Corpo Livre
E se te disseram para sentar e se comportar, levante.
Se disseram para cruzar as pernas e abaixar os olhos, olhe para o céu e grite com o quadril, com os pés, com o ventre.
Dançar é um ato de rebelião.
É dizer “não” aos padrões, aos controles, à repressão.
É dizer “sim” à alegria, à entrega, à luxúria da alma, à doçura da infância que ainda vive em nós.
Sinta isso:
🌧️ A chuva começa a cair.
Você está ali, descalça.
O mundo diz: “Corra para se proteger.”
Mas você corre para o meio da tempestade.
E dança.
Dança com a água nos cílios, com os cabelos grudados na pele, com o coração pulsando como tambor de selva.
Você ri. Você gira. Você se molha inteira.
E naquele instante…
Você se lembra quem você é.
Brincar de Fazer Amor com a Vida
Liberdade não é sobre fazer o que quiser.
É sobre sentir-se tão segura em si mesma que o corpo vira oração, o prazer vira rezo e a dança vira oferenda.
Dançar na chuva é fazer amor com a vida.
É deixar que cada gota desperte sua pele.
É permitir que o fogo e a água convivam no mesmo instante: o corpo ardendo, o céu molhando, o coração abrindo.
Agora, só entre nós…
Posso abrir algo muito íntimo com vocês?
Desde menina, sempre tive essa energia aventureira, selvagem, viva.
Sabe aquela alma inquieta que ama quebrar as regras com doçura?
Essa sou eu.
E tem um fetiche, um desejo que me acompanha até hoje — e que eu nunca tive vergonha de sentir (só talvez um pouquinho de contar 😅).
Mas hoje, com vocês aqui, me sinto pronta.
Sempre que vejo uma chuva forte pela janela, com relâmpagos cortando o céu e trovões dançando com o vento...
Me bate uma vontade profunda, quase primitiva, de estar lá fora.
Molhada. Livre. Quente. Viva.
Sempre penso:
"Ah, se eu pudesse agora... estar nua, no meio da chuva, fazendo amor com meu próprio corpo, com a pele quente, a alma acesa, sem pressa, sem medo, sem culpa..."
Já passou isso pela cabeça de vocês também?
Aquela vontade de se perder na liberdade do instante?
De brincar, de se tocar, de rir, de se entregar como se o mundo não estivesse olhando?
Me contem, Deusas de tempestade...
Quais são os desejos secretos que moram no corpo de vocês?
Com amor, riso e coragem,
Dona Yoni